A dualidade é um conceito que admite a coexistência de dois princípios eternos e necessários. Desde sempre houve conflitos entre a Bíblia e a Ciência, mas a opinião de que a ciência e a religião devem permanecer em lados opostos é errada. Mas porquê? Por que ainda há uma ideia de dicotomia? Essa “oposição” só é vista com um nível de conhecimento baixo tanto científico como bíblico, ou seja, estes conflitos são gerados pela falta de conhecimento cientifico de um lado e do conhecimento defeituoso da Bíblia do outro, pois “A ciência é a única forma de conhecer Deus- e por essa a razão a Bíblia começar com a descrição da criação”.
Estudando o âmago do Universo, podemos chegar a conclusões muito diferentes tendo em conta o seu objetivo. É tudo uma questão de perspetiva. Se acreditarmos que o Universo é o resultado da gravidade e da física nuclear, então essa é a forma de o encontrar. Ou então podemos vê-lo como Divino. Desde Aristóteles, há 2300 anos, a teoria científica indicava que o Universo era eterno, mas durante 3300 anos desde a revelação no Monte Sinai, a Bíblia nega-o, afirmando resolutamente que existia um princípio para o nosso Universo. Apenas nos últimos trinta anos é que a ciência solucionou a questão. Baseada em informações dos telescópios e aceleradores de partículas, o Gênesis 1:1 com 3300 anos estava certo desde o início. Existira um princípio.
Pode surpreender alguns que a convicção na criação não implique a convicção num Criador. As leis da natureza permitem a criação do Universo sem haver necessidade de um criador. A “incerteza quântica”, um aspeto da física conhecido como mecânica quântica, permite que a pequena, mas finita possibilidade de algo aparecer do nada, através daquilo que é conhecido por oscilação quântica. Uma vez que a mecânica quântica possui um registo de sessenta anos de previsões e explicações de fenómenos observados, esta teoria de uma oscilação quântica/Big Bang pode estar correta. No entanto, existem falhas neste conceito. Primeiro, as oscilações quânticas são fenómenos relacionados com leis da natureza do Universo. O princípio do nosso Universo marca o princípio do tempo, do espaço e matéria, e também das leis da natureza. Se isto for verdade, antes da existência do Universo não havia natureza e, portanto, não existiam leis de mecânica quântica para gerar a necessária oscilação quântica. Isso faria supor a existência de leis para um Universo que não existe, mas se aceitarmos que as leis são eternas, chegamos às respostas Bíblicas.
A coexistência destes dois princípios observa-se também nas pessoas, através de um estudo viu-se que 70% das pessoas dos países ocidentais acredita numa forma de evolução (algo que a ciência defende) e num Criador divino (algo que a bíblia nos apresenta), e ainda outro exemplo dessa dualidade as origens da ciência moderna baseiam-se nas obras de grandes pensadores como Copérnio, Kepler, Newton que para além de serem céticos da ciência também eram crentes devotos.
E então para concluir, tanto a Ciência como a Bíblia apresentam falhas nos seus conceitos, mas ao contrário da Bíblia, a Ciência tem as suas limitações e até os céticos têm de entender isso. Ela nunca poderá descobrir, por exemplo o objetivo da vida, o “porquê” que tantos realçam e tentam descobrir, por isso é correto relegar á Bíblia o que lhe pertence: a procura do objetivo. Usando o conhecimento lógico e científico e as antigas interpretações da Bíblia, eu analiso uma dualidade e não uma dicotomia, entre a bíblia e a ciência.
Laura Amado, 10º 6ª ano
